sábado, 25 de maio de 2013

Doente por você



Em ponta de sapatinha o verbo se rasgou
Eu sem compreender, ti vi sair pela porta lateral da vida
O tempo foi cronometrado pelo relógio da sala
Você cometeu um suicídio, me matou.

Mastigando os pensamentos, aqui estou, parado.
Acordado sentado no sofá, dormi em coma na UTI.
Espero um dia sua visita, sua ajuda, sua solução.
Tenho medo do que possa acontecer, um dia quero ti ver.

Hoje o especialista me deu alta, dele.
Tenho menos amanhãs, do que as memórias do ontem.
Pare, pense, pense e reflita em seu egoísta núcleo.
Sou eu quem se machucou, e você me ajudou.

A dor oscila, o medico me deu alta, denovo.
A cura é incurável, o espírito guerreiro a alma enganada.
Aprendi com você. você não se arrependeu
Hoje o medico me deu alta, e eu ainda doente por você.

domingo, 19 de maio de 2013

Deus Sabe



Bem antes de a verdade ser dita,
Antes mesmo de eu dormir e de acordar, sabe de tudo.
O que foi escondido, guardado, embrulhado e entregue,
Do profundo ao superficial, Deus sabe.

Do meu intimo infinito, confuso, distúrbio, eu.
Encontrado na praça, menino, jovem,
Menino, moleque, traído e secreto temores.
Onde se encostar, na pequena sombra.

Muito tempo para viver, vivenciar.
Enxergar o antes e o depois, de cada consequência.
Fui ao longo do caminho, fui distante e quase voltei com medo.
Será que o tempo da luz, é o mesmo da escuridão, Deus sabe.

Na mente minto, maquio maquinador.
Como fui ontem, assim faço hoje, e talvez continue no dia futuro.
Sorrindo no cavalgar lento, gradativo, acompanhado ou solitário.
Jovem me fez, sabendo que sou velho na vida, eu sei e Deus sabe.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Estranho

Fui lá fora, não gostei com o que vi.
Saudade me aparta da realidade
vontade inesperada do convivio do desejo ardente
Prazer descartado e medonho.

Viva para que morras o bastante para não se arrepender
vigiai no lamento de cada dia.
Com magoas jogo nas aguás profundas
Solidão, que me fez sofrer.

Pulo de vida em vida, como um gato no muro
Traga-me respostas absurdas para ver se acredito.
Já sei das respostas, mas as respostas não acreditam ainda em mim.
Amei-me com falso coração endurecido.

Perdido, achado e desconcertado com o mundo
saudade do elo eterno, será onde está?
Me ensine a amar os joguinhos da sobrevivencia
Não tem mais ou o porque de continuar, no final, a imperfeição.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Viela da Alma



Olho pela janela a viela da minha alma, observo pelos mínimos detalhes o que se acontece lá fora, me agrado por algo pequeno de forma chamejante, gorda e de transparência intrínseca, uma bexiga corada azulada marinheiro, uma das cores mais calmantes e refletidas do céu para com o mar.
Mudo de direção os olhares, os pensamentos, me contorço por dentro, me lembrando de como seria a vida desta bexiga, se ela tem as mesmas duvidas da vida igual a mim, se ela gosta da forma em que se move se senti gorda ou light por dentro, se sempre foi desta cor ou está no estado de decomposição, dói em ser tão grande, e de peito cheio, esquece-se do que ela foi e será.
Ai por diante, resolvi casar a alma com a esperança, o impecável com o talvez pecado limpo, a bússola me indica o norte, porém quero ir para o sul, me tranco na loucura da reflexão de mim com o espelho, fui de um ponto para outro, tomei mais água, penteei o cabelo para o outro lado de costume, cortei as unhas dos pés de fora para dentro, preferi não dormir por 8 horas diárias.
Busquei respostas em corpos vazios e cheios do nada opaco, sensualizei aquilo incensurável, inalei e me dopei com perfumes de alta butique, me estrupei de forma mais branda dessa vez, me toquei como se tocasse uma massa delicada, me fiz e desfiz, abstrei a minha vida e a desenhei com lápis faber – castell , me surpreendi com tamanha ousadia nas linhas cruzadas e desordenadas, mas sem respostas, sem comentários, sem previsão da folha A4 me detonar com aquilo tudo, tudo se silenciou agora, na próxima vez queimarei os livros, fui pra fora agora, pedir explicação as nações por que tanta solidão e trepica das questões.