sábado, 28 de abril de 2012

Enigma

Respeitado pelo crime, traído pela morte.
Morreu em uma esquina na zona Norte.
É misteriosa, charmosa e infinita chama sombria.

Um enigma que nunca poderemos desvendar,
Podemos imaginar e não recusar.
Sair por ai procurando dicas, nada afirmará.

Somos meio termo, do erro e do acerto a morte o inteiro.
Angustia e sofrimento que trás o vento, o escombro friorento.
Amados, odiados, visíveis e por fim invisíveis.

A vida é amiga infiel, a morte inimiga fiel.
A vida é a morte e a morte é a vida infinita
Ando, corro e voo até uma terra distante chamada luz.

Somos o alvo dos lobos malditos, o jantar dos urubus.
O termino do texto, o ponto final sem final.
A vida após a ferida dessa vida mortal, a morte.

sábado, 7 de abril de 2012

Abstruso Espiritual

Quero Sucesso, quero tudo, desejo obvio e o incabível, anelo a sua vida (talvez o seu mal também), o sucesso dos vagalumes derrotados. Deito-me nos escombros do big bang, na escuridão do nada, logo me abraço no sono, fico frio, gelado, dormente, em luto. Logo a seguir acordo e vejo estrelas, o prazer emocional junto com a razão que me falta, as baterias soam, as estancas das feridas abertas, um jardim de sangue, uma imensidão de vozes, urubus e corvos vem para o jantar, voo de asa-delta sem estar nela, me afogo no mar morto chamado eu, a lua dá risada de mim, mas bem ela sabe que tudo passará.
Intercessora, interceda por mim, pela minha alma, suplique a Deus a necessidade de que preciso, faça o que eu não consigo fazer, tenho tanta irreflexão, ironia e imaturidade, peço – lhe que não cesse, tenho medo, pressinto algo que vem do sul , que se estende ao longo do leste que se encontra no oeste e me esmaga no norte do pais, foque na verdade  do acalento de minha vida, se for preciso marque meu nome em uma tabua para não se esquecer de mim.
O  pecado virou arte na guerra, o rei David caiu mais uma vez, e mais um salmo foi escrito, viciantes pelo ardor do tesão, pelo satanistico mundo impenetrável da  brisa suave, a redenção do pecado, a construção de uma nova barreira, de um novo cavalo de troia, de uma visão mais ampla e curta desse mundo, uma nova unção é derramada pelo perdão, no abstruso mundo de jhonatan.  
Trigésima reza eu faço, tento pelo menos, a intercessora parou, se esqueceu, sinto isso agora, que os anjos já estão cansados, que as nuvens se escureceram, mas ainda á esperança continua acompanhada pelo prato de uma semente de mostarda. Reza minha simples, a cadeiragem a falsa promessa, poderia estar evangelizando, falando da luta cristã, da vida, a vida abundante de Jesus Cristo o verbo, experimento o chá mortífero e estou em trance.
 Ora, chora, exprime o perigo, louco viver do olhar do prostituto espiritual de males, dona intercessora cadê o leito sagrado, os joelhos amassados e enrugados de orar por mim, a testa com pontes de rugas, preciso do bem, em minha lucidez de um crente desesperado.
Credo do credo, da besteira obscura entre os meus miolos, cérebro atacado, dentes podres, pés calejados, cordas prontas, cidade em ruínas, mais uma vez neguei a Jesus quando me perguntaram se eu tinha pecado e eu pequei. Perola perdida de uma vida indigna de uma cruz remida e de uma oração realizada.
Intercessora, minha assessora contra os escândalos, a minha fiel e amável mãe, que o Espírito Santo a escute mais uma vez, que dessa vez eu me ajeito. Toma o meu rumo, com a mochila nas costas, sem as discórdias do meu intimo Eu.